quinta-feira, outubro 12, 2006

Keep Walking

Feriadão. Com esse acréscimo de tempo livre, tento retomar a parte artística que havia jogado no lixo.
Na verdade venho tentando há algum tempo, mas é uma tarefa um pouco ingrata. Não existe perdão quando ela é menosprezada.
Um pouco de rabisco em uma folha, algumas idéias postas no computador, uma volta pelo Centro Histórico do Rio, e a arte vai voltando aos poucos.
Por enquanto nada de obras complexas, vamos partir do início.
O início começa em uma noite onde a lua teima em se esconder atrás das nuvens. Que sibilam, mostram a tormenta em seu semblante e esconde a luz do que importa. Cada passagem, o vento tenta carregar o sibilado. A cada resistência, consigo ver o que existe de mais alêm, em céu cheio de estrelas, mais bonito do que aquilo que outrora me importava.
O cheiro de chuva toma o ar, não há gotas ao redor, só a paisagem em constante movimento.
Com o tempo as nuvens cobrem todo o céus e de repente tudo se apaga, me absorto em um lapso de tempo, onde o nada existia e a existência nunca importou.
Quando novamente o cheiro da chuva torna-se forte e uma gota cai em mim, desperto.
O Sol raiara, e eu perdi. Jogara no lixo a minha existência, tornei me o vazio, havia deixado de existir.
A existência retorna com a luz do novo dia que raiara em uma preguiçosa manhã, com cheiro de chuva no ar.

|

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com