sábado, janeiro 13, 2007

A última mensagem...

Desta vez é o fim. Não voltarei a escrever neste blog.
Os motivos, bom, a falta de vontade em escrever, desenhar. Um pouco de desânimo artístico me assola. A crise faz parte de qualquer um em seu crescimento. Para por fim a ela, o fim é imposto as suas obras. Na tentativa de existir um Fênix, a ação pode gerar poesia.

Para terminar este blog, escrevo, melhor, cito um poema de Alberto Caeiro, adquiridas no sítio de Jornal de Poesias (http://www.secrel.com.br/jpoesia/poesia.html).

O Meu Olhar

O meu olhar é nítido como um girassol.

Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...


A todos um muito obrigado pelas visitas. Quem sabe um retorno possa existir...
Até breve

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